segunda-feira, 24 de agosto de 2020

JESUS E SUA MATEMÁTICA PERFEITA



"Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes. 

Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam ir aos povoados comprar comida.

Respondeu Jesus: Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer.

Eles lhe disseram: Tudo o que temos aqui são cinco pães e dois peixes.

Tragam-nos aqui para mim, disse Jesus.

E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças a Deus e partiu os pães. Em seguida, deu-os aos discípulos, e estes à multidão.

Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram.

Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças."

(Mateus 14:14-21)


Devido aos inúmeros milagres que Jesus vinha operando, Herodes, aterrorizado pela lembrança de ter sido o responsável pela decapitação do Profeta João Batista, acreditava que Jesus era João Batista ressuscitado dentre os mortos, operando esses milagres.


Ao saber que Herodes estava perturbado por seus milagres, Jesus se retirou de barco para um lugar deserto, às margens do mar da Galileia. Não por medo, pois sabia que a sua hora ainda não era chegada. Apenas se retirou.


Jesus já era reconhecido por muitos em virtude de seus milagres, e era seguido por muitos. 


Nessa ocasião não foi diferente, uma multidão o seguiu a pé até esse local deserto junto ao mar da Galileia. Ao descer do barco onde estava, Jesus vendo a multidão, tomado por um amor muito grande, começou a curar os enfermos que ali estavam presentes.


Como é comum a todo ser humano, no final da tarde, todos estavam famintos e precisavam se alimentar. Os discípulos, agindo de uma forma muito "comum nessas ocasiões" resolveram jogar esse problema nas costas de cada um ali presente, e sugeriram a Jesus que os dispensassem para que fossem buscar comida e se alimentar por conta própria. Mas Jesus como sempre, dando o exemplo de como uma pessoa verdadeiramente guiada pelo Espírito Santo deve agir, trouxe para si e para os seus discípulos a responsabilidade de alimentar a multidão.


Em sua matemática sem lógica nenhuma para os homens, mas perfeita para Ele, de cinco pães e dois peixes, alimentou uma multidão de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Em sua matemática perfeita, Jesus, com cinco pães e dois peixes, alimentou mais de cinco mil pessoas.


Apesar dessa passagem bíblica ser muito conhecida e muito utilizada em diversos sermões, ela não tem nada de simples:


Do ponto de vista teológico: 


- Jesus cumpriu as expectativas daqueles que esperavam um novo Moisés, como está escrito em Deuteronômio 18:15: "O Senhor Teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás".


- Jesus proveu o pão, como Ele mesmo orou em Mateus 6:11: "O pão de cada dia, da-nos hoje".


- Ele é o Messias que prepara um banquete. Salmos 132:15: "Abençoarei com abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres".


Isso nos prova que para Jesus não importa a nossa matemática, mas sim, a matemática Dele.


Por mais que os nossos olhos e a nossa lógica determinem que algo é impossível, Jesus entra com a sua própria matemática e a sua lógica totalmente contrária a nossa e opera um milagre naquilo que realmente necessitamos e não naquilo que queremos ou pensamos ser importante.


Jesus trabalha operando milagres nas situações realmente relevantes e impossíveis de nossas vidas, e não naquelas que, como filhos pirracentos, achamos ser merecedores.


Deus conhece, sonda os nossos corações, e por isso, sempre sabe quais são as nossas verdadeiras intenções por trás de um pedido.


Deus, diferentemente de nós, não vive apenas no presente. Ele está no passado, no presente e no futuro (kairos), e por isso conhece perfeitamente as consequências de nossos pedidos. Exatamente por isso, por nos amar e nos proteger de nossas próprias mazelas e atitudes inconsequentes que muitas vezes nos levam para longe Dele, responde as nossas orações com um sonoro NÃO.


Glórias a Deus por Sua onipresença, onisciência, Seu amor incondicional e Sua Maravilhosa proteção e graça que nos proporciona momentos inesquecíveis e sobrenaturais de provisão e sustento em momentos em que a lógica humana diz não. 


(Daniel Gummi A. de Souza)

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