quinta-feira, 2 de setembro de 2021

DEUS PROVERÁ!

Deus proverá! 

Essa afirmativa além de maravilhosa e acolhedora, também me traz ótimas recordações. 

Sempre que a coisa complicava em minha casa, minha mãe dizia essa frase em alto e bom som: Não se preocupe, filho, Deus proverá! 


Gosto de citar situações ocorridas em minha vida, não para uma auto-exposição, ou auto-promoção, mas sim para mostrar e provar com fatos reais acontecidos em minha vida, que Deus continua sendo o mesmo Deus de sempre e que sempre será. 

Eu não posso me calar diante de tudo o que Deus fez e faz em minha vida. 

Eu não posso me calar diante de tudo que vivi e ainda vivo. 

Acredito que todas as coisas realmente cooperam para o bem dos que amam a Deus e que tudo o que vivemos, sejam situações alegres ou tristes, são formas de Deus ser glorificado através de nossas vidas e de nossos testemunhos. 

Lembro-me que há alguns anos, em um período muito complicado em nossas vidas (minha mãe e eu), período esse de vacas muitíssimo magras (graças a Deus esse período não foi muito longo), ficávamos muito aflitos com a chegada do dia "vinte e um"; e não era um ou outro dia "vinte e um", eram todos os dias "vinte e um" de todos os meses. Era quase sempre no dia "vinte e um" que o nosso dinheiro se esgotava, bem como quase todo o nosso suprimento; eu estava desempregado e minha mãe trabalhava em casa como manicure, costureira e cabeleireira; mas o movimento estava muito fraco. 

E como minha mãe me conhecia muito bem, bem como toda a ansiedade que eu tinha (e ainda tenho, infelizmente), sempre, de uma forma muito delicada, ela me dizia: "Olha! Não é para você se preocupar, nem se desesperar; mas amanhã só teremos arroz para o almoço e essa será a ultima porção de arroz; depois dela, não teremos mais arroz". 

E apesar de todo o cuidado que ela tinha para me expor a situação, eu era tomado por um sentimento muito grande de preocupação e ansiedade, misturado à desesperança. 

Mas ela não parava por ai; sempre após a má notícia ela completava, afirmando: "Não se preocupe, meu filho; Deus proverá!"

Confesso que a fé de minha mãe me deixava admirado e ao mesmo tempo muito furioso, principalmente pelo fato de eu querer ter uma fé como a dela e não conseguir ou não me achar merecedor de ter uma fé como aquela. Era uma fé muito bonita e sincera! 

Eu dormia muito mau aquelas noites que antecediam a última porção de arroz. 

Quando a manhã, enfim chegava, eu acordava com o perfume maravilhoso do café pela casa (sempre feito com muito carinho) misturado com o odor terrível daquele "fubá suado horroroso" que era feito com o restante de fubá que havia em casa (eu detestava, tanto o odor do fubá suado quanto o fubá suado em si; eu queria comer um pão com manteiga e não aquilo). As horas se passavam, nenhum dinheiro aparecia, nem mesmo um "bico" para levantarmos algum dinheiro; mas minha mãe, sempre com muita fé e segurança afirmava: "Não se preocupe, meu filho; Deus proverá!" 

Quando a hora do almoço se aproximava, algo diferenciado e misterioso sempre acontecia: as vezes, alguma das clientes de minha mãe aparecia para fazer as unhas; outras vezes, alguma das clientes de minha mãe aparecia com costura para minha mãe fazer; outras vezes, alguém que devia dinheiro para a minha mãe há muito tempo, aparecia para quitar sua dívida com ela; e outras vezes, de uma maneira sobrenatural, uma pessoa desconhecida aparecia para fazer unha, ou para fazer roupas com minha mãe, pagava adiantado pelo trabalho dela, e nunca mais aparecia lá em casa (isso aconteceu várias e várias vezes). 

Minha mãe se virava para mim, com um enorme sorriso em seu rosto e com muita alegria me dizia: "Está vendo, meu filho; Deus providenciou! Deus nunca falha! 

Vá ao mercado e compre tudo que precisamos em casa para um belo almoço!" 

E sempre muito atordoado com o acontecido, eu ia até o mercado, comprava tudo que precisávamos, e minha mãe preparava aquele almoço maravilhoso que só ela sabia fazer, que mais parecia um banquete. 

Deus providenciou! 

Até hoje tenho dificuldade para compreender o que acontecia. 

Até hoje tenho dificuldade para compreender a fé de minha mãe. 

Até hoje tento ter uma fé tão forte quanto a que minha mãe tinha. 

Até hoje vejo Deus providenciando aquilo que preciso para viver. 

Até hoje me surpreendo e me alegro ao ver Deus agindo nas vidas de tantas pessoas, providenciando aquilo que elas necessitam para viver. 

Até hoje espero aqueles clientes desconhecidos, que pagaram adiantado pelo trabalho de minha mãe, aparecerem. 

Sabe de uma coisa: Tenho certeza que aqueles desconhecidos nunca retornarão para cobrarem o trabalho que eles pagaram para minha mãe realizar. Apesar de tê-los visto apenas uma única vez em minha vida e depois não mais, sei muito bem quem foi que os enviou até a nossa casa: o Deus que não nos deixa faltar nada do que realmente necessitamos. 

Se a sua situação está difícil, acredite: Deus proverá! 

Isso é fato! 


(Daniel Gummi A. de Souza)

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